quarta-feira, 20 de junho de 2012

URBANIZAÇÃO: DO PROBLEMA À SOLUÇÃO.



       Nessa semana de Rio + 20 nada mais em alta do que discutir os problemas e buscar as soluções para um crescimento sustentável .
       Escolho como tema a urbanização, pois acredito que o mundo não consegue mais caminhar em outra direção que não seja essa. Mas se temos que lidar com a crescente urbanização mundial devemos encontrar  meios capazes de fazer do problema das cidades a solução do crescimento sustentável .
        Os dados são alarmantes! Hoje 30 a 40% das emissões do mundo estão relacionadas aos  prédios das grandes cidades e uma outra grande parte dessa fatia da poluição no meio urbano reside no crescimento monstruoso da frota de veículos particulares .
         Aliás,se me permitem um adendo e deixando as indignações a parte , o Brasil, cede da Rio + 20, dá um grande exemplo de como não se deve fazer política em relação a isso, nossos governantes tendo tantos lugares para reduzir impostos resolvem reduzi-los justamente na aquisição de automóveis particulares. Por favor governantes, onde vocês andam com a cabeça?O que nós , povo , queremos é um transporte público de qualidade , transporte  capaz de reduzir a emissão de poluentes e de desafogar o transito caótico das grandes cidades porque não aguentamos mais sair de casa às 7:00 para chegar às 23:00 gastando mais de 4 horas para aumentar a poluição do planeta e diminuir nossa paciência e convívio familiar .
        Desabafos à parte e dando continuidade ao nosso tema, lembramos que o crescimento contínuo e crescente da população das cidades implica aumento da demanda por alimento. Hoje não só a desertificação do solo pelos pastos e pela monocultura representa um grave problema a ser resolvido, mas, até mesmo, o número de peixes de grande porte como atum e tubarão foi reduzido em 50% nos últimos 50 anos devido à pesca e parece que ninguém faz nada para mudar esse quadro.
        Onde vamos parar? Hoje somos 10 bilhões, amanhã, só Deus sabe! Se não pararmos para pensar, AGORA,  em uma estratégia real de crescimento sustentável amanhã será tarde demais , mas esse pensamento precisa ser real e direcionado , ou vocês esquecem que a 20 anos , lá em 92 a primeira conferência no Rio foi feita debaixo de telhas de amianto ?E o aquecimento global minha gente? Você sabia que hoje existem tintas com nano tecnologia capazes de reduzir as ondas de calor nas grandes cidades?Elas diminuem o efeito estufa que afeta o clima; e as hortas urbanas que utilizam o lixo como adubo? Podem ajudar a conter essa montanha de lixo que produzimos a cada dia .
       Saída há, só é necessário colocar as ideias em prática.
       E como se não bastasse tudo isso,  ainda temos de nos preocupar com a educação e com a família, caso contrario corremos o risco teremos um planeta saudável , e cidades politicamente corretas no futuro mas que cidadãos estarão morando nelas ?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Brigamos pelo quê mesmo?








Ontem(07/09/11) pude assistir as manifestações contra a falta de comprometimento de nossos parlamentares .Uma boa quantidade de pessoas saiu para o desfile de Independência vestidos de preto em clara alusão ao luto que sentimos ao presenciar as falcatruas dos parlamentares e também munidos com nariz de palhaço , claro adorno para tentar representar a forma como nos sentimos ao presenciar absolvições absurdas e a impunidade monstruosa que impera em nossos dias.


Manifestações como essa estão se tornam o novo “hit” do verão, regimes antes totalitários ameaçam ruir, levantes na Tunísia, Egito e Síria , países tradicionais do mundo, deixaram “empolvoroso” o planeta, tudo após um grupo de pessoas começarem a organizar protestos em “chat's” virtuais e comunidades em redes sociais de relacionamento.


Tudo isso é muito bom , tudo isso está muito bem , mas tenho tanto medo de ouvir a fatídica frase - “nós brigamos pelo que mesmo?” .


Em meio a tanto movimento , a tantas manifestações, quantas pessoas sabem ao certo o que estão fazendo naquele lugar?E quantas delas estão ali somente porque se cansaram das festas até de madrugada nas boates e das farras até às 4 da tarde nas “raves” ou ainda porque não podem fugir da nova moda que conquista os jovens das grandes cidades ?


Imagino duas amigas ligando uma para outra:




-Amiga , o que você vai fazer logo mais a noite?


-Não sei amiga estava pensando em passar na festa do Paulinho, depois esticar a noite naquela boate nova para logo mais, pela manhã, dar uma passada naquela marcha na avenida paulista em favor da redução na alíquota do imposto sobre a compra de material para educação e saúde.


-Passeata do que ? Responde a amiga desatualizada.


-Ai amiga você é tão fútil , tem de se informar!




Diante desse novo cenário de protestos eu me pergunto coisas básicas, como: Quem são os líderes do movimento? Todo mundo? já dizia o ditado que todo mundo não é ninguém!Eles defende o que mesmo? A corrupção? A não corrupção? E se vierem os jatos de água e os cães como na época da ditadura? Quantos Ernestinos nós teremos?


Movimento de mudança ? Ótimo, precisamos mesmo … mas o mais válido deles é feito de 4 em 4 anos nas urnas, mas quantos desses manifestantes nas ultimas eleições assistiram interessados o horário político? Quantos deles se valeram inclusive da tecnologia para acessar redes sociais , blog's e twitter de candidatos ou participaram de fóruns de discussão sobre o tema? Todos?bem , como o ditado diz, todo mundo ….você já sabe não é ninguém!


Acho que a resposta a essa pergunta é clara...


Tiririca que o diga não é mesmo?


Palhaçada....

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ringue


Vá para o ringue ! É a ordem do ano , vá para o ringue!
Antes de uma luta os lutadores se preparam , treinam forte, perdem peso, ganham peso , se preparam psicologicamente , sentem raiva do adversário , criam em seu intimo uma revolta com aquela situação , aprimoram suas técnicas e finalmente vão para o ringue.
Quando o sinal do gongo toca e a luta começa é inevitável que o lutador melhor preparado vença , já perdi e ganhei peso, já treinei forte e depois de estar esgotada treinei mais forte ainda, me preparei psicologicamente por tanto tempo que quase esqueci da luta, mas foi só no ultimo ano que me lembrei de sentir raiva do adversário, mas aí fiquei brava , muito brava , não me conformava com o fato de que ele é maio e desonesto, com o fato de que ele nunca joga limpo , de que ele não tem nenhuma moral e que está lá realmente para destruir, fiquei com raiva , muita raiva mesmo , até tentei bater nele antes , mas não era o momento nem era o lugar.
Mas em 2010 sim, em 2010 é o momento e o ringue é o lugar , por isto eu digo que é o momento de ir para o ringue e lutar, de ir para o ringue e vencer e vencer por que está é a única saída, por que no ringue é o único lugar , por que agora é o único momento e eu vou vencer!
Mas para isso vou para o Ringue

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um mundo politicamente correto para quem?



Os naturalistas defende que somos o que comemos, eu defendo que somos o que lemos, hoje andei lendo um pouco de Bakhtin sobre a manifestação do discurso e li também um artigo muito legal no site da “planeta sustentável” que fala sobre a cabana monte rosa, uma casa ecologicamente sustentável projetada e localizada nos Alpes suíços, e aí foi um paço e dois palitos para refletir sobre pensamento autônomo e sustentabilidade.
Acredito que estas reflexões vêm em um momento muito propício, afinal a conferência de Copenhague se aproxima e não podemos ficar alheios ao pensamento sustentável e ecológico.
Mas um pouco antes de pensar na ecologia acabei tendo de pensar um pouco na construção do discurso e assim não pude deixar de pensar no que é na realidade essa história do “politicamente correto”. Sempre que me deparo com um assunto difícil eu fico imaginando como eu explicaria isso para uma criança de 5 anos de idade .
Imagina você explicar para uma criança o que é político? Acho que eu diria mais ou menos assim: “Bem, político é um cara que só sabe o que você sonha em ganhar de natal de quatro em quarto anos”.
Será que político deveria ser mesmo isto?Bakhtin enquadra o discurso político na classificação de um discurso de autoridade, isto quer dizer que eu autorizo que o pensamento político tenha significância sobre o meu discurso. Que responsabilidade não é? Se o discurso político é um discurso de autoridade, o politicamente correto determina que há um discurso correto e outros incorretos?E ,sendo assim, como saber qual é um e qual é o outro?
Voltando a questão principal. O que é o politicamente correto no final das contas? Bem, se é politicamente correto gastar uma fortuna com uma casa ecológica na montanha eu não sei, mas o que se pode dizer sobre pessoas que não tem casa nenhuma e passam a vida embaixo das pontes?
O discurso ecológico é importantíssimo e obviamente tem o seu lugar , mas novamente pensando na criança de 5 anos eu imagino ela perguntando “Depois que a gente salvar o planeta, que tipo de pessoa vai sobrar para morar dentro dele?”, neste caso o que é politicamente correto para se responder?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O mundo está mais burro?



Parece que o céu estava carecendo de pensadores, ou será que era o inferno? Não sei, a verdade é que nesta semana ficamos sem Francisco Ayala, um dos grandes humanistas e precursores do pensamento vanguardista da contemporaneidade espanhola e Claude Lévi-Strauss, antropólogo e etnólogo belga, fundador do estruturalismo e um dos grandes pensadores que se dedicou a pensar a grande aldeia de diversidade que é o Brasil.
Claude morreu um pouquinho antes de completar 101 anos e Ayala nos deixou na flor de seus 103 aninhos, todavia eles pensaram de maneira significativa o mundo que os circunscrevia e na minha humilde opinião fora embora ainda cedo demais. Claude e Ayala deixaram o corpo carnal na semana passada e eu já fico pensando quem tomará os seus lugares?
Perceber que está vago aqui na terra dois lugares de pensadores tão significativos deixa sempre meu coração em aflitos pensamentos, afinal, quem tomará o seus lugares? Quem se disporá a pensar o mundo que nos circunscreve?
As opções me causam temor. Sinto arrepios na alma só de imaginar que poderá ser alguma atriz, modelo e manequim ou será que uma famosa apresentadora, de cujo nome não quero lembrar, se candidatará a ser o arauto dos novos tempo?
Percebemos uma constante insistência da mídia em dar voz aos discursos que, a meu ver, não são suficientemente embasados para poder pensar os novos tempos. Ao perder grandes pensadores como temos perdido ultimamente, eu tenho medo que qualquer dia destes o mundo seja pensado pela filosofia enigmática dos jogadores de futebol, ou quem sabe pela genialidade cotidiana dos participantes de shows de realidade, será este o estigma que carregará os novos tempo? O doloroso estigma de ser pensado por pessoas que não dispõem da autoridade suficiente para pensá-lo, pois estão com a agenda lotada por sessões em clinicas de estética e horas de malhação sem sentido?
Admirável mundo novo que têm pessoas deste jeito.... Oh Aldous Huxley se você soubesse o tipo de gente que há neste admirável mundo novo certamente tentaria um acordo para voltar a terra para escrever sobre o nosso tempo, pense nisso, pois estamos mesmo carentes de pessoas como você.
O mundo tem mesmo ficado mais burro? Ou sou eu que envelheço e perco minha fé nas grandes transformações do pensamento da contemporaneidade? Não sei, mas que o Ayala e o Strauss farão muita falta, isso farão... quem ocupará o seus lugares? Aguardem cenas dos próximos capítulos!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Está tudo novo denovo.


O homem sempre teve paixão pelo conhecimento. Nos primórdios da humanidade todos ficavam encantados com as chamas flamejantes do recém descoberto fogo, logo depois cada homem queria aprender a fabricar seus próprios instrumentos e manejar a roda, não demorou muito para que os homens ficassem intrigados com a escrita e com o passar do tempo o homem se encantou pelas artes e logo formava filas gigantescas para conhecer o cinema; mais tarde mal pode esperar para adquirir seu aparelho de TV , telefone e não demorou muito todos queriam conhecer o computador, celular, “smart fone”,” ipod”, “laptop”,”webbook”, simulador de realidade virtual, etc, etc, etc...
A verdade é que nascemos em uma aldeia que fala a mesma língua, a linguagem da comunicação. Esta realidade que nos rodeia trás com ela uma forma especial de posicionamento, afinal a comunicação, a cultura e o conhecimento, nunca foram tão democráticos. Hoje vivemos uma realidade em que garotos de 14, 15 anos, podem gravar e mixar um cd inteiro em uma gravadora de fundo de quintal e postá-lo em espaços como o “myspace”, além disso, vídeos com curta duração podem ser gravados até mesmo de celulares e tornarem-se a nova febre de sites como o “youtube”.Também, a informação, agora, não pode mais ficar nas mãos de um grupo de poderosos pois o mundo se comunica em uma fração de segundos pelo “twitter”; muitos escritores são revelados em “blogs” espalhados pelas redes de comunicação virtual e não mais em noites de autógrafos e em publicações dos mais vendidos das livrarias como a algum tempo acontecia. Nem mesmo os relacionamentos são mais os mesmos, muitos deles iniciam se em “chat” e “MSN” e são destruídos por sites de relacionamento como”Orkut”. Estes são apenas alguns exemplos de mudança desta nova era que se mostra, a cada dia, mais interligada e participante.
Se a geração passada ficou conhecida como a geração do “sexo, drogas e rock’n roll” esta geração poderá ficar conhecida como a geração da comunicação. Hoje o mundo se tornou “o quintal, virtual, de casa”, e já é muito simples se comunicar com pessoas de todo o planeta e saber informações sobre a cultura e os costumes de lugares em qualquer parte do globo.
Em um ambiente como este, informatizado e comunicativo, o conhecimento ficou por muito tempo renegado ao “giz e cuspe” como se costuma chamar a estratégia de ensino mais tradicional, não que esta metodologia não tenha a sua importância e contribuição para o mundo, mas devemos perceber que o conhecimento e o ensino precisam acompanhar a tendência mundial de informação e se valer deste recurso como maneira de melhorar a prática educativa.
A educação a distância vem como uma maneira de interligar o ensino à essa realidade de informatização que é a tendência mundial. Em um mundo em que a cada dia se solicita maior capacitação de profissional e exige se mais tempo de dedicação dos empregados ao seu emprego , a educação a distancia é uma ferramenta muito importante, afinal, desta forma, o aluno pode organizar seu tempo de acordo com sua agenda e pode ter acesso ao aprimoramento profissional tão importante para o seu desenvolvimento.
Claro que a educação a distância não tem apenas vantagens, uma vez que o aluno, como gestor do conhecimento, deve ter redobrada sua responsabilidade em cumprir com os prazos, em fazer as leituras propostas e formular conscientemente os trabalhos a serem enviados para a plataforma, além disto, é fundamental que o aluno de educação a distância tenha intimidade com os recursos do ambiente virtual e que possa transitar por ele com liberdade para que seu aproveitamento seja completo.
De qualquer forma a educação a distância é uma realidade que se tornará cada vez mais presente no mundo moderno, participar deste processo como aluno e educador será uma oportunidade que tende a evoluir juntamente com o homem. Eu acredito que esta nova tendência mundial vem contribuir para que nós, educadores, possamos ampliar as fronteiras do conhecimento para abarcar este mundo que nunca foi tão grande.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Um país que precisa aprender a ler.


O índice de analfabetismo continua praticamente o mesmo, afirma os dados do IBGE divulgados em 2009. Os gráficos mostram que a taxa de analfabetismo média que estava situada entre 10.1% em 2007 sofreu uma queda para 10% em 2008, tornando a diferença praticamente insignificante.
Em um país de proporções continentais como é o Brasil diversos elementos devem ser levados em conta quando se faz uma pesquisa como a que foi realizada pelo IBGE.
Buscando mensurar a quantidade de analfabetos no país, o instituto brasileiro de geografia e estatística revelou uma realidade que já é conhecida pelo povo brasileiro, a dificuldade de acesso a educação de qualidade no país é fato que tem encontrado grandes entraves na evolução média da população rumo à alfabetização.
A realidade é que o Brasil tem investido na educação com a proposta de atingir a meta governamental que garantirá alfabetização à todos. Ultimamente até mesmo as populações distantes da alta floresta amazônica e dos confins do sertão brasileiro estão tendo acesso a programas de alfabetização. Porém, a pesar disto, esta atitude não aumenta a capacidade dos cidadãos de ter acesso a conhecimento e educação de qualidade, uma vez que o padrão estabelecido como meta para se considerar um sujeito como alfabetizado exige apenas que ele saiba assinar o próprio nome por extenso .
A redução de 1% no analfabetismo, demonstrada pelos índices do IBGE, seria algo a ser comemorado, se este 1% da população recém alfabetizada fosse capaz de um pensamento critico e autônomo, o que na realidade não acontece.
Em se tratando da autonomia de pensamento o Brasil ainda encontra índices bem mais altos de analfabetismo, temos uma massa de pessoas analfabetas que não se dão conta de sua condição precária de conhecimento, pois saber ler não é somente saber decodificar um conjunto de signos lingüísticos e nem tão pouco assinar o próprio nome em seu documento de identificação, é muito mais do que isto; para que o sujeito seja senhor de seu próprio pensamento é fundamental que ela saiba quem ele é e os direitos e obrigações que possuí e que se constitua cidadão de suas escolhas e atitudes , que possa pensar e interagir com sua realidade a tornando melhor.
Poucos neste pais tão grande são capazes de perceber verdadeiramente quem são e interagir em seu universo modificando a realidade que conhecem .
Embora os índices de analfabetismo tenham baixado, mesmo que timidamente, o povo continua não sabendo realmente quem é e nem a capacidade que têm.
Porém, nesta época em que se aproximam as próximas eleições presidenciais veremos qual foi a real diferença que este 1% fez, mas eu, continuo sendo pessimista sobre este aspecto.